O padre jesuíta Antonio Vieira (Antonio Vieyra) foi um dos mais importantes escritores da língua portuguesa, um grande orador e uma das mais importantes figuras missionárias no Brasil, com atuações principalmente na Bahia, Grão Pará, Pernambuco, Maranhão e Amazônia.
Antonio
Vieira nasceu em Lisboa, em 6 de fevereiro de 1608. Chegou em Salvador, com a
família, em 1614, onde seu pai fora nomeado escrivão.
Entrou para o Colégio dos Jesuítas na Bahia aos 15 anos, formou-se noviço em 1625, e ordenou-se sacerdote, em 1634, em Salvador.
Retornou a Portugal com 33 anos, participando de uma comissão de apoio ao rei Dom João IV, quando o país voltava a ser soberano, independente da Espanha. Percebendo sua habilidade de orador, Dom João IV enviou Antonio Viera em missões diplomáticas na Europa.
Seguiu para o Maranhão, em 1653, de onde foi expulso, em 1661, por suas críticas. Vieira era ferino crítico da escravidão e da perseguição aos judeus, o que desgostava muitos senhores.
Foi a Lisboa, convocado pela inquisição, em virtude de seus manuscritos considerados heréticos. Condenado pelo Tribunal do Santo Ofício, ficou preso em Coimbra, de 1665 a 1667, quando foi anistiado. Em 1669, foi para Roma onde ficou até 1676 sob a proteção da Rainha Cristina da Suécia.
Em 1681, voltou para a Bahia, onde passou a dedicar-se à literatura. Faleceu em Salvador, em 1697, aos 89 anos. Deixou um grande legado histórico e cultural com mais de 500 cartas e 200 sermões, impressos entre 1679 e 1696.
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