Brasil no Mapa de Waldseemüller

Abaixo, uma ampliação de parte do mapa conhecido como Stevens-Brown, que seria uma espécie de mapa de teste confeccionado pelo cartógrafo alemão Waldseemüller, em 1507, mas não publicado. De especial interesse é o nome AMERICA colocado em cima do Brasil. Outro ponto interessante é que o nome Brasil (o s da época parecia com um f atual) foi dado a uma das Antilhas, provavelmente Bonaire. Mais: os Nomes do Brasil►

Nesse mapa acima, o contorno da costa norte da América do Sul é semelhante ao traçado do Cantino, de 1502 (veja o fragmento abaixo), apresentando os mesmos problemas de escala, com o Caribe erroneamente mais perto da África e as Guyanas no lugar da costa do Brasil. O trecho até Canibales não é do Brasil. Ali é o Suriname.

A Ilha do Brasill e a Ilha do Gigante, em ampliação, com rotação de 90°, do mapa do Cantino, mostrando que, em 1502, os portugueses usavam, em uma das Antilhas (provavelmente Bonaire), o nome que viria a ser adotado para a Terra de Santa Cruz (o s da época parecia com um f atual). O mesmo Cantino registrou o Rio de Brasil, em Porto Seguro.

Uma comparação dos nomes do Brasil usados por Waldseemüller em seus mapas de 1507. No canto direito superior, um fragmento do mapa acima sobre um fragmento do Planisfério do mesmo cartógrafo, que está inclinado devido à projeção adotada. Observe que foi usado uma tipografia diferente, houve uma inversão entre Brasil e Gigant. Assim, a ínsula de gigantib(?) é aquela mais a leste, no Planisfério, e a ínsula de brasil, a oeste, provavelmente a atual ilha de Curaçao.

A ordem dos nomes das ilhas no Stevens-Brown é a mesma do Cantino.

Existiam grandes erros de escala nos primeiros mapas da América, muito devido ao problema das longitudes e às influências do modelo de Ptolomeu para a Terra. Com pouco esforço percebe-se que a linha de Tordesilhas do Cantino passa pela atual Guyana Francesa.