Historia da Bahia

A Bahia é o coração histórico e cultural do Brasil. Terra onde pisaram os primeiros europeus (1500) e local de seus primeiros povoados (1503), da primeira igreja, do primeiro hospital, da primeira cidade e capital do Brasil (1549). Foi por muito tempo o centro político, administrativo, cultural e comercial do País. A fundação da Cidade do Salvador representou também a fundação do Brasil como unidade política.

Em 1501, os portugueses colocaram seu padrão na Barra e batizaram a Baía de Todos os Santos, chamada de Kirimurê pelos aborígenes. Vem daí o nome da Bahia.

Em 1504, navios franceses chegaram no Recôncavo Baiano e foram atacados pelos portugueses. Foi o primeiro registro de franceses no Brasil, feito pelo Padre Anchieta. Os franceses continuaram a vir e trouxeram o fidalgo português cognominado Caramuru, em 1509 ou 1510.

Para o historiador Jaboatão, Caramuru foi o povoador da Bahia (referindo-se ao Recôncavo). Ele foi o elo de integração entre europeus e tupinambás. Casou-se na França com a princesa Paraguaçu, em 1528. Ela, o primeiro brasileiro batizado. Caramuru vivia com índios e franceses no litoral da futura Vila do Pereira (1536), futura Salvador. Seu jeito prestativo e conciliador evitou conflitos com outros portugueses que passavam, como Martim Afonso de Sousa. Nas primeiras décadas do século 16, navios portugueses e franceses aportavam na Baía de Todos os Santos. Essas são as raízes da cultura baiana. Com a fundação da Cidade do Salvador, em 1549, os bons tempos dos franceses acabaram.

Nos anos 1530, fundaram-se as primeiras vilas. Nessa época, Porto Seguro bateu o récorde entre as capitanias brasileiras, com oito vilas fundadas. Porto Seguro foi o principal centro do ciclo do pau-brasil.

O Clero Secular fundou, na Cidade do Salvador, a primeira diocese e a primeira catedral do Brasil. A Arquidiocese de São Salvador da Bahia comandou todas as outras dioceses do País até 1892, quando era a maior arquidiocese do mundo.

A Bahia foi o principal centro educador do País até a expulsão dos jesuítas. A Companhia de Jesus comandava seus missionários de Salvador, onde construíram seu maior templo, a primeira escola e a primeira universidade do Brasil.

No final do século 16, Salvador era cobiçada por holandeses, ingleses e franceses, que bombardearam a Cidade. Os holandeses a conquistaram em 1624, mas foram expulsos no ano seguinte. A fortificação de Salvador foi reforçada, tornando-a uma das mais bem protegidas do mundo. Inexpugnável, segundo o engenheiro militar francês Amédée F. Frézier (1682-1773), que a visitou no início do século 18.

A cultura baiana foi amadurecendo, incorporando contribuições indígenas, africanas e asiáticas. Esta é pouco entendida e pouco considerada na literatura, mas foi muito importante. O Estado Português da Índia, fundado antes do Estado do Brasil, ligava-se com a Bahia através de navios mercantes portugueses. A maioria passava por Salvador, a caminho de Portugal. A culinária baiana, por exemplo, incorporou muito da indiana.

No século 18, Salvador era um centro de formação de engenheiros na academia militar no Forte de São Pedro. Vem daí a tradição baiana de formação de grandes engenheiros e de grandes construtoras.

Após a queda na exploração de minerais preciosos nas Minas Gerais, no final do século 18, a Bahia voltou a ser a mais rica capitania da América Lusitana. Salvador era a segunda maior cidade do Império Lusitano, atrás apenas de Lisboa, e o maior porto do Hemisfério Sul.

Salvador foi a primeira sede da Corte Portuguesa, em 1808. O Recôncavo Baiano foi o palco das principais lutas pela Independência do Brasil.

Infelizmente, muito da riqueza baiana, assim como em outras províncias, tinha base na escravidão, abolida em 1888. A cultura negra tornou-se parte indissociável da matriz cultural baiana. Negros e caboclos foram protagonistas de importantes eventos históricos na Bahia, com destaque para a Conjuração Baiana, no final do século 18, e para a Guerra de Independência do Brasil na Bahia.

No século 19, Salvador era chamada de Atenas Brasileira. Aqui fundou-se a primeira Faculdade de Medicina do Brasil, a primeira biblioteca pública e a primeira grande casa de espetáculos do Brasil: o Theatro São João. Em outras áreas, muitos baianos formavam-se nas universidades europeias ou nos Estados Unidos. Os médicos baianos eram os mais bem conceituados do Brasil. Salvador instalou os primeiros chafarizes do Brasil com água encanada, em 1856. Aqui rodou o primeiro automóvel no País, em 1871. Em muito, a Bahia foi pioneira.

A Bahia também foi o destino preferido de muitos imigrantes europeus e asiáticos. O Sul da Bahia recebeu, por exemplo, a primeira colônia alemã do Brasil.

A diversidade étnica, rica história e imenso patrimônio cultural são os fundamentos que tornaram a Bahia uma potência cultural mundial.

 

 

A magnífica Catedral Basílica de Salvador era a antiga Igreja do Colégio dos Jesuítas. A história da primeira capital do Brasil é indissociável da história dos jesuítas na América Lusitana. Eles chegaram junto com a fundação da Cidade e foram expulsos apenas quatro anos antes da transferência da capital. Salvador era a sede da Companhia de Jesus no Brasil e seu Colégio foi meritoriamente a Primeira Universidade do Brasil.

 

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