Império do Brasil - Dom Pedro II
Em 23 de julho de 1840, a Assembleia Geral do Brasil declarou a maioridade de D. Pedro II, com apenas 14 anos. D. Pedro II assumiu o governo e foi aclamado Imperador do Brasil, em 18 de julho de 1841.
1842 - Ocorreu a Revolta dos Liberais.
1845 - A Grã-Bretanha aprovou a Lei Bill Aberdeen (Slave Trade Suppression Act), que permitia aos navios britânicos atacarem, em águas internacionais, navios envolvidos com o tráfico de escravos. A escravidão em todos os territórios britânicos foi abolida em 1834.
Em fevereiro, realizou-se a paz na Guerra dos Farrapos.
1850 - Em 14 de novembro foi promulgada a Lei Eusébio de Queiroz. Ficava proibido o tráfico negreiro intercontinental.
1853 - o baiano Zacarias de Góes e Vasconcellos fundou a Província do Paraná, desmembrada de São Paulo.
1856, em 8 de dezembro foi inaugurado o primeiro sistema de água encanada do Brasil, pela Companhia do Queimado da Bahia. A água jorrou em chafarizes europeus espalhados pela Cidade do Salvador.
1859 - Em 1º de outubro, o Imperador D. Pedro II partiu, em viagem às províncias do norte, em companhia da imperatriz Tereza Cristina. Em 1° de novembro, fundou o Imperial Instituto Bahiano de Agricultura, que abrigou, em 1877, a Escola Agricola de São Bento das Lages. Essa foi a primeira do Brasil para a formação de engenheiros agrícolas.
1864 a 1870 - Guerra do Paraguay ►
1867 - Em 27 de março foi assinado o Tratado de Ayacucho, com a Bolívia, negociado pelo pernambucano Felippe Lopes Netto. O Brasil estava em guerra com o Paraguay e buscava um aliado importante, pois a Bolívia é vizinha dos dois países. O Tratado de Amizade, Limites, Navegação, Comércio e Extradição definia os limites entre Brasil e Bolívia, com as terras do atual Estado do Acre, pertencendo à Bolívia, com base no princípio uti possidetis. Um novo acordo, em 1903, transferiu o Acre para o Brasil.
1871 - Promulgada a Lei do Ventre Livre, que concedia liberdade aos filhos de escravos nascidos a partir de então, que ficavam sob a tutela dos senhores de escravos até atingirem a maioridade completa.
Nesse ano, D. Pedro II e sua comitiva visitaram o Egito.
A invenção do processo de vulcanização da borracha, em 1839, resultou em grande demanda dela, a partir dos anos 1870, com a popularização de veículos com rodas revestidas de borracha, iniciados com os escoceses Thomson Road Steamers. O primeiros desses veículos chegou na Bahia em abril de 1871, importado pelo jurista baiano Francisco Antonio Pereira Rocha. A grande demanda da borracha provocou um aumento de sua exploração na Amazônia. A cidade de Manaus passou por um período de grande prosperidade, que duraria até a Segunda Guerra Mundial.
Em 1872, foi autorizado o funcionamento da Madeira and Mamoré Railway Company, mas o empreendimento não deu certo e a Ferrovia só foi construída no início do século 20. Em setembro de 1873, houve um pânico financeiro que abalou as economias dos Estados Unidos e da Europa e que tinha raízes no financiamento de ferrovias.
O primeiro recenseamento oficial do Brasil ocorreu em 1872 e o País contava com 9.930.478 habitantes. Obviamente não registrou grande parte da população indígena, nem os quilombolas. A população escrava registrada foi de 1.510.806 pessoas, a grande maioria estava no Sudeste, especialmente no Rio de Janeiro e em São Paulo.
1879 - O Novo Mundo, um periódico em português publicado em Nova York pelo brasileiro José Carlos Rodrigues, faliu após o absurdo aumento do imposto no Brasil para impressos estrangeiros. A sede do periódico funcionava no antigo prédio do New York Times.
1884 - As províncias do Ceará e do Amazonas tornam-se as primeiras a abolir a escravidão.
1885 - Promulgada a Lei dos Sexagenários, que libertou os escravos com mais de 60 anos.
1888 - Em 9 de maio foi aprovada a Lei Áurea, que concedeu liberdade aos escravos. Em 13 de maio a lei foi sancionada pela Princesa Isabel, filha do imperador Dom Pedro II. A economia escravagista era um dos pilares da Monarquia.
Veja também: Irmandades Negras ►
1889 - Em 15 de novembro, Deodoro da Fonseca proclamou a República. Cansado, Dom Pedro II afastou-se do poder, sem resistência, e foi para Portugal, na madrugada do dia 18 de novembro.
Apesar dos muitos conflitos, D. Pedro II foi um governante sensato. Era culto, bem informado e bem relacionado com as cortes europeias. Promoveu grande prosperidade no Brasil, mas, em boa parte, sustentada pela escravidão. Também promoveu a imigração de europeus e asiáticos. Criou poucos cursos de nível superior e, embora não faltassem apelos, evitou a criação de universidades, provavelmente com receio de fomentar mentes revolucionárias.
Continuação do século 19:
● 1889, República ►
● 1896, Guerra de Canudos ►
● Mais: Brasil no Século 20 ►
O imperador D. Pedro II em fotografia de 1855, aos 29 anos. Dom Pedro de Alcântara nasceu no Palácio da Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro, em dois de dezembro de 1825. Filho do Imperador Dom Pedro I e da Imperatriz Dona Maria Leopoldina. Com a proclamação da República, exilou-se em Paris até a sua morte em 1891.
Embarque de D. Pedro II para a Europa, na madrugada de 18 de novembro (desenho feito d'après nature, no Largo do Paço, publicado no jornal Cidade do Rio, do dia 20).
O monumental pavilhão neoclássico construído na Bahia para a chegada do Imperador, em 1859.
O baiano Zacarias de Góes e Vasconcellos (1815-1877) foi um espécie de primeiro ministro do Império, presidente da Câmara dos Deputados, senador, escritor e fundador do Paraná.
Após escrever o livro Da Natureza e Limites do Poder Moderador, em 1860, tornou-se líder da oposição. Zacarias foi um expoente de sua época.
O pernambucano Joaquim Nabuco (1849-1910) foi um destacado jurista, diplomata e historiador. Formou-se pela tradicional Faculdade de Direito do Recife, em 1870. Como deputado por Pernambuco, foi um dos expoentes na campanha pelo abolição da escravidão no Brasil.
◄ Império do Brasil (assunto anterior)
Copyright © Guia Geográfico - História do Brasil. |
Império do Brasil - Dom Pedro II